A morte da cinderela é lenta, agônica, deprimente.
Trancada na própria agonia da solidão humana,
Reveste – se de cinza,
Agoniza com um cigarro na escada,
Não fala nada.
Não faz mais diferença entre o fim de tarde
E o fim de semana.
A morte da cinderela, não é feia nem bela,
É azeda, estraga o paladar,
Estranha o prazer.
Suprime as esperanças mais singelas,
Dentre aquelas que nem julgava ter.
Arrasa o calendário de férias, que antes ousava
fazer.
Arrasta o rumo da pele do rosto,
Que por desgosto,
Começa a perecer.
Insiste em perguntar onde e quando
A vida começou a estragar,
Mas a resposta perde – se
Na dor e na saudade.
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