“Os sonhos vem, os sonhos vão,
o resto é
imperfeito.”
Renato Russo
Sem brisa nem fresta,
sem pausa nem brecha,
Sonhei ontem à noite.
Desenhei no almoço,
quase chorei de desgosto,
Escrevi pela tarde.
Pensamento apertado,
Tem vezes que xingo
adoidado,
Falando sozinha,
Subindo e descendo escadarias.
Corre corre, dia a dia,
E meus sonhos já não trazem mais felicidade,
Trazem só o peso da
idade,
Que piora nas infelizes
esperas,
Não vê mais graça em
simples janelas.
Nem mais acha que
demorar tem seu charme,
Nem escuta mais o som
dos detalhes.
Arrasta o corpo, nem
crê no contato que tanto desejava.
Mas ainda sonha
dormindo,
Um sonho involuntário e
faminto.
Devora os desejos,
Abre a represa dos
sentimentos,
Quase sente a marca dos
dedos e o cheiro dos cabelos.
E ainda sobe apressada
Uma escada toda
enfeitada,
Atrás de um paraíso
passageiro,
Que subiu tão ligeiro.
Em um sonho tão real,
Como tudo o que é
verdadeiro.
Renasce o mundo
inteiro,
Traz flores e um
pensamento,
De como é grande o
desejo de provar o teu beijo.
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