domingo, 6 de março de 2011

Num vidro poluído

Num vidro poluído

Tomado pela fuligem

A paisagem esmorece

Devagarinho.

Parada no trânsito

Sumindo no asfalto

As melhores lembranças

Numa tarde de neblina.

Esfriando o motor

Das engrenagens

Do sonho mais acima

Escrevi no celular

Digitando cada letra

Como se fosse acabar

A tinta da caneta

Como se fosse realizar

Mudança estreita.



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